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Atividades Pedagógicas

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Artigo sobre Deficiência Intelectual



O ensino-aprendizagem do deficiente Intelectual

       
Resumo
         
Neste estudo partimos dos mais recentes desenvolvimentos conceituais em deficiência Intelectual para discutir os rumos e as necessidades atuais da pedagogia, no ensino-aprendizagem. Abordaremos os desafios suscitados pelo processo interativo entre os fatores externos e internos responsáveis pela produção das inadaptações intelectuais, na escola; enfocaremos, igualmente, a capacitação dos professores para enfrentar essa situação no ensino regular. Sabendo que o educando precisa ser estimulado constantemente.



Palavra Chave: Ensino-Aprendizagem, deficiente intelectual, estimulado.



Introdução


A partir da redemocratização brasileira pós-1985, fez surgir no Brasil um novo ciclo de mobilizações mais centradas na problemática da exclusão social. O estudo foi realizado partindo-se de uma perspectiva dos movimentos sociais enquanto grupos que enfocam suas atividades nas práticas sociais, exercidas por agentes sociais que buscam a construção e ampliação da cidadania na sociedade civil.
 Ele serviu como uma forma de investigar como se realiza na prática a construção da cidadania pelos movimentos sociais, esta pesquisa teve por objetivo estudar o formato organizacional e o conteúdo de ação do grupo de capoeira angola em seu intuito de trabalhar em direção ao fortalecimento da sociedade civil.  Analisou - se quais as linhas de ação dos movimentos sociais na sua tentativa de assumirem um papel ativo na luta por seus direitos de cidadania.
 Teve como proposta o estudo que centralizou e proporcionou a ampliação do entendimento sobre as práticas sociais que envolvem a questão da construção e exercício da cidadania na sociedade brasileira.
 O sistema capitalista que esteve presente, nos últimos anos, no processo de aceleração do fenômeno da globalização, que provocou mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais mundiais.
A sociedade civil também sofreu mudanças, perdendo parte de seus direitos de cidadania, ou seja, os direitos civis, políticos e sociais. No Brasil, esse processo coincide com o fim do período da ditadura e início da redemocratização, o que propiciou o surgimento de uma nova forma de organização dos movimentos sociais e modificou a estrutura do mesmo.
Começa a surgir uma análise dos movimentos sociais sob a ótica dos direitos sociais coletivos e da cidadania coletiva de grupos sociais oprimidos e/ou discriminados na sociedade com um todo.
Não se pode deixar de perceber que a questão da cidadania está ligada à problemática do papel do Estado e do grau de democracia existente na política brasileira. Partindo de uma visão acerca do papel da sociedade civil na reivindicação e conquista por direitos, tentamos trabalhar com a hipótese da sociedade em interlocução com o Estado, não somente fazendo reivindicações ou oposição ao Estado (cuja ocorrência foi verificada em diversas literaturas a respeito), mas da sociedade agindo coletivamente no intuito
De reivindicar e garantir seus próprios direitos de cidadania.
Essas atividades nas práticas sociais buscando promover a construção e ampliação da cidadania na sociedade civil, principalmente na área educacional. A partir da análise dos projetos desenvolvidos pelo grupo e das entrevistas realizadas, foi possível perceber que o principal objetivo do grupo, ao promover as atividades, era o de possibilitar ao público-alvo, principalmente as comunidades carentes da cidade, outra perspectiva de vida,
Mostrando - lhes a possibilidade de se incluir na sociedade, principalmente através da educação. Deve – se então uma preocupação maior com desigualdade e a discriminação social.
As atividades do grupo atendem diversos setores da comunidade, como grupos de reabilitação de dependentes de droga e álcool, e grupos de jovens com deficiência física. Mas o principal público atendido pelas atividades são os jovens de bairros periféricos. O interesse pelos estudos foi que proporciona - se a oportunidade de conseguirem uma maior inserção na sociedade através da educação.
Durante o desenvolvimento da pesquisa, foi possível perceber a existência de uma gama de aspectos culturais e sociais presentes nas ações do grupo, que nos permitiu captar uma série de elementos sobre as formas de ação do grupo no intuito de promover o resgate da cultura negra e a inclusão social através das atividades realizadas.
A proposta inicial do projeto era procurar fazer uma análise teórica dos movimentos sociais na construção da cidadania.
O movimento social na tentativa de promover a ampliação dos direitos de cidadania e sua relação com o Estado via pressão e luta reivindicatória. Dessa forma, partiu-se para o estudo de um grupo, aqui considerado como uma forma de movimento social, a fim de que se pudesse analisar como são desenvolvidas as ações coletivas promovidas por este tipo de movimento social.
O grupo, como um tipo de segmento dos movimentos sociais, vem se empenhando em promover a inclusão social e a conquista dos direitos da cidadania através da realização dos projetos voltados para a área educacional, tentando incentivar segmentos da sociedade a terem o acesso aos seus direitos sociais. Só desta forma conseguiremos garantir direitos iguais a todos sem desfazer de nenhum cidadão.








Desenvolvimento conceitual

Essa nova concepção da deficiência intelectual implica transformações importantes no plano de serviços e chama a atenção para as habilidades adaptativas, considerando-as como um ajustamento entre as capacidades dos indivíduos e as estruturas e expectativas do meio em que vivem, aprendem, trabalham.
A evolução dos conceitos de incapacidade e inadaptação, em que esta última é resultante da interação entre os hábitos de vida da pessoa e os obstáculos impostos pelo meio, poderão estender-se e alcançar o espaço das escolas e eliminar ou reduzir esses obstáculos do ponto de vista cognitivo. De fato, assim como o meio físico e a arquitetura das escolas não foram planejados para acolher alunos em cadeiras de rodas, o âmbito cognitivo das escolas não está, no geral, preparado para o ensino de pessoas com deficiência mental integradas às normais.
O reconhecimento do papel dos fatores ambientais e dos que são internos aos indivíduos, no processo interativo de produção de inadaptações, se expressa em todas as inovações conceituais citadas. As características do indivíduo foram durante muito tempo a única meta das intervenções educativas, mas, hoje, nenhum modelo educativo pode ignorar as características do funcionamento das pessoas que apresentam incapacidades intelectuais, sem considerar a interação destas com o meio.
Diante dos avanços conceituais, os princípios que orientavam a educação desses indivíduos passaram a evidenciar os processos interativos que permeiam as relações entre idade cronológica e objetos de aprendizagem, habilidades intelectuais alternativas e valorização dos papéis sociais representados pelas pessoas com deficiência intelectual.


Objetos de aprendizagem


A idade mental foi sempre privilegiada nas práticas pedagógicas e nas pesquisas sobre a deficiência intelectual. Nas escolas e classes especiais, ou mesmo no contexto da integração escolar de pessoas com déficit mental, as aprendizagens são raramente abordadas conforme o que é próprio da idade cronológica normal. Além da possibilidade de realizar atividades sociais adequadas, é preciso garantir aos alunos com deficiência o acesso a degraus de autonomia e a representação de papéis próprios de sua idade real.
A opção pela idade mental em vez de cronológica contradiz-se com a representação de papéis sociais correspondentes à idade, ao gênero e à cultura e tem como conseqüência a perda de toda significação social das aprendizagens. Em cada faixa etária os conhecimentos possuem um sentido e são utilizados para fins distintos, que se complementam e se ampliam. A comunicação escrita, por exemplo, que constitui um tipo de conhecimento básico, adquire significados diferentes conforme a idade dos aprendizes e, assim sendo, aprender a ler e a escrever para um adolescente com deficiência e para uma criança normal, mais nova, não são situações similares, a não ser que se reduza o conhecimento ao domínio de técnicas e à automação de respostas.
Por outro lado, privilegiar a idade mental no desenvolvimento de habilidades da vida prática e na aquisição de conhecimentos acadêmicos pode retardar de tal maneira essas aprendizagens, que elas não seriam mais úteis para a independência do sujeito na sua idade real.


Habilidades intelectuais alternativas e valorização de papéis sociais


Nas escolas e classes especiais, ou mesmo no contexto da integração escolar de pessoas com déficit mental, as aprendizagens são raramente abordadas conforme o que é próprio à idade cronológica normal.
A valorização dos papéis sociais compreende o desenvolvimento de habilidades pessoais e o aprimoramento da imagem social. Não é comum à educação das pessoas com deficiência mental adaptar o objeto de aprendizagem às características do funcionamento mental que são próprias desses alunos. Eles devem corresponder, como as pessoas normais de sua idade, às expectativas da escola, ou seja, de um meio cognitivo que não está previsto para eles e, muitas vezes, nem mesmo para seus pares, sem deficiências. Essa situação redunda, então, em fracasso escolar e traz conseqüências sobre a imagem social e a auto-estima dos educandos em geral e, principalmente, para os que apresentam déficit intelectual.
A pesquisa pedagógica deverá empenhar-se no sentido de promover a autonomia das pessoas com deficiência mental, o que supõe o uso de habilidades intelectuais alternativas, ou seja, comportamentos que são compatíveis com a capacidade intelectiva de cada sujeito, em um dado momento e perante um determinado conteúdo.
Não se trata de selecionar habilidades intelectuais dentre aquelas que são comuns às que as pessoas empregam para se ajustar aos desafios da vida acadêmica, social, do trabalho e do lazer. O que importa é valorizar todo e qualquer nível de desempenho cognitivo e considerar o processo pelo qual a habilidade é exercida, para atingir um determinado fim.
Imaginar o número de obstáculos que os indivíduos com incapacidades motoras encontram nos edifícios, onde tudo é concebido para as pessoas que andam, é uma maneira de perceber a extensão dos problemas de uma pessoa com deficiência mental no meio escolar tradicional.
A revisão dos processos de produção de incapacidades intelectuais nas escolas deve ser priorizada, para se localizar mais precisamente quais são os obstáculos que criam situações de inadaptação na vida acadêmica dos alunos em geral.
Novas metodologias e técnicas de ensino que propiciam uma dinâmica mais adequada dos ambientes escolares às características do funcionamento mental das pessoas com deficiência estão sendo testados para se ultrapassar os obstáculos do meio cognitivo. Sabemos também quantas essas novas propostas integrativas têm sido apropriadas para todos os alunos de uma turma e não apenas para os escolares com deficiência mental.
O uso de habilidades intelectuais alternativas decorre do desenvolvimento da eficiência cognitiva das pessoas com deficiência mental. Os procedimentos utilizados para estimular essa eficiência parte do educador para que haja uma inovação do âmbito escolar. Traduz-se por um modo diferente de apreender a realidade, de estruturá-la e de interagir nela, que é de grande valia para que as pessoas com deficiência mental possam desempenhar papéis sociais, integrando-se, na medida de suas possibilidades, ao meio em que vivem.

A autonomia

O interesse pela adaptação ao meio e a valorização dos papéis sociais, presentes na maioria das propostas educativas atuais, decorrem da autonomia como finalidade da educação de pessoas com deficiência.
A valorização dos papéis supõe não apenas a igualdade de oportunidades, mas a igualdade de valor entre as pessoas e, em conseqüência, o desenvolvimento de habilidades, talentos pessoais e papéis sociais, compatíveis com o contexto de vida, a cultura, a idade e o gênero.
A inserção de pessoas com déficit intelectual torna-se virtualmente impossível, quando não lhes permitimos desenvolver os instrumentos necessários para se adaptarem às condições ambientais, que mudam constantemente. Uma boa adaptação repousa sobre a faculdade de utilizar as aquisições intelectuais em diversas situações que apresentam características similares.
A autonomia, nas deficiências motoras ou sensoriais, é constituída de habilidades alternativas que, dadas as incapacidades das pessoas, permitem uma adaptação conveniente às tarefas essenciais. Na deficiência mental, a autonomia reveste-se de outras significações e o ensino escolar não visa desenvolver a autonomia intelectual, nem mesmo quando se trata de alunos normais.
Um grande entrave da pessoa com deficiência mental, na conquista de sua autonomia no meio escolar, provém da percepção negativa que ela tem de si mesma. Na maioria das vezes, elas percebem o esforço de adaptação como sendo não-gratificante e tornam-se dependentes e mesmo subordinadas a condutas, escolhas e respostas alheias. Nesse sentido, a atitude passiva de aceitação do meio escolar, que é largamente adotada pela escola e pela sociedade com relação às pessoas com deficiência mental, deve ser substituída por atitudes ativas e modificadoras. Elas precisam ser colocadas em situações problemáticas para aprender a viver o desequilíbrio cognitivo e emocional.
A situação remete, pois, a quadros conceituais e a paradigmas educacionais mais amplos, que estão sendo apontados como propostas para prover o meio escolar de condições favoráveis ao desenvolvimento da autonomia de alunos com deficiência mental.


Integração e inclusão


A noção de integração tem sido compreendida de diversas maneiras, quando aplicada à escola. Os diversos significados que lhe são atribuídos devem-se ao uso do termo para expressar fins diferentes, sejam eles pedagógicos, sociais, filosóficos ou outros.
Por tratar-se de um constructo histórico recente, que data dos anos 60, a integração sofreu a influência dos movimentos que caracterizaram e reconsideraram outras idéias, como as de escola, sociedade, educação.
Os movimentos em favor da integração de crianças com deficiência surgiram nos países nórdicos, quando se questionaram as práticas sociais e escolares de segregação, assim como as atitudes sociais em relação às pessoas com deficiência intelectual.
O aluno com deficiência mental ou com dificuldades de aprendizagem, de acordo com o conceito referido, deve ter acesso à educação, e sua formação deve ser adaptada às suas necessidades específicas.
A noção de inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática. O vocábulo integração é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos; a meta primordial da inclusão é a de não deixar ninguém fora do ensino regular, desde o começo. As escolas inclusivas propõem um modo de constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado de acordo com essas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral.
A metáfora da inclusão é a do caleidoscópio. Essa imagem foi muito bem descrita no que segue: "O caleidoscópio precisa de todos os pedaços que o compõem. Quando se retiram pedaços dele, o desenho se torna menos complexo, menos rico. As crianças se desenvolvem, aprendem e evoluem melhor em um ambiente rico e variado".
As propostas de fusão da educação especial com a regular, assim como as de integração e de inclusão, sofrem objeções têm e muitos adversários e estimulam a pesquisa e o desenvolvimento em pedagogia. Opiniões adversas às teses em questão são tanto de caráter prático como ideológico e, no geral, estão baseadas em preconceitos, nas percepções de pais, especialistas e de professores. Os que defendem a inclusão ou a integração escolar reconhecem que a maior parte das objeções assinaladas é devida à necessidade de se contemplar a situação por meio de uma perspectiva nova, descontextualizada da realidade presente. Muitos consideram utópicas essas proposições.

Desafios


A autonomia social e intelectual como meta da educação de alunos com deficiência mental lança um duplo desafio à pedagogia. Os propósitos da inserção escolar não valem unicamente para os aspectos físicos e sociais, abrangendo também o acadêmico. Este se efetiva pela definição dos limites da autonomia e pela operacionalização do conceito de habilidades intelectuais alternativas. A construção da autonomia compreende, de um lado, a detecção, a redução ou a eliminação dos obstáculos que geram as situações diz adaptação escolar, e, do outro, o conhecimento mais aprofundado das condições de funcionamento da inteligência dessas pessoas, sem o que não se pode prover um processo interativo entre o sujeito e o meio escolar o menos deficitário possível em trocas intelectuais e interpessoais. Precisamos encontrar soluções que se assemelhem às rampas nas calçadas e ao manejo das cadeiras de rodas, que possibilitam aos deficientes físicos o deslocamento o mais autônomo possível no espaço físico.


Habilidades cognitivas


Novas hipóteses sobre as reações mentais dos deficientes intelectuais às solicitações do meio escolar remetem-nos a uma revisão de conceitos e a outros caminhos de investigação. As fixações do raciocínio, por exemplo, parecem ser incontestáveis; há, contudo, restrições às oscilações de pensamento, como sendo próprias da deficiência mental. Pensamos que este e outros estados atípicos demandam novos estudos sobre os aspectos diferenciais e funcionais da inteligência no deficiente mental. Sabemos que nos planos estratégicos que qualquer sujeito traça para atingir objetivos particularizados aparecem, ora mais, ora menos, essas oscilações, seja nos raciocínios mais complexos, como nos mais elementares. Novas constatações levam-nos a compreender mais detalhadamente por que o funcionamento mental deficitário não configura o retardo mental em si mesmo, que é de natureza estrutural, e como o desenvolvimento intelectual dos deficientes mentais interfere nesse funcionamento, produzindo reações mais eficientes ou menos, dependendo do contexto situacional e dos conteúdos envolvidos na execução de uma tarefa.
As pessoas com dificuldades de aprendizagem também ficam bloqueadas na escola e esses bloqueios lhes parecem intransponíveis. O aspecto afetivo do processo cognitivo emerge nesses casos e enquanto o problema continua presente e a auto-imagem permanece negativa, os sujeitos tendem a aprofundar suas dificuldades, podendo até tornarem-se crônicas.
Todas as intervenções sugeridas por esses métodos e técnicas de funcionamento cognitivo representam diferentes meios, cujo objetivo comum é levar as pessoas com deficiência intelectual a desenvolver e a utilizar espontaneamente suas estratégias cognitivas, fazendo-as chegar a um nível de consciência cada vez mais avançado de suas habilidades mentais. Para se chegar aos resultados almejados, os autores sugerem trabalhar o aspecto motivacional e evitar os bloqueios.
Outro aspecto das intervenções recai sobre à auto-regulação dos processos de criação e aplicação das estratégias e o autocontrole da impulsividade, no sentido de serem evitados a planificação e o emprego desordenado de soluções que despendem esforço, energia e não atingem, no geral, os fins esperados.
As pessoas com deficiência intelectual demonstram também muito pouca habilidade no que concerne à generalização das aprendizagens. Este é, aliás, o problema que levou os pesquisadores a levantar a hipótese de que a deficiência mental não repousa no déficit estrutural, mas sobre uma capacidade funcional da inteligência.
As estratégias mnemônicas dependem da capacidade de retenção e esta é estimulada por repetição, imagem mental, categorizações e outras. A memória é uma habilidade intelectual que pode ser melhorada nas pessoas com deficiência, mas não deve ser exercitada mecanicamente. As intervenções que fazem uso de estratégias envolvendo a retenção e demais capacidades necessárias para a lembrança e a reconstituição de fatos e objetos são as mais indicadas, e, embora não se consiga nos casos mais graves um grande aproveitamento dessa faculdade intelectual, reter fatos é básico nos comportamentos autônomos mais elementares.
O exercício dessa mobilidade na escola difere do que se prescreve para atendimentos clínicos, pois o treino das funções cognitivas deficitárias não tem um fim em si mesmo, nas salas de aula. A atualização das habilidades intelectuais alternativas dos alunos com deficiência mental decorre de uma prática de ensino que mobiliza o sujeito a pensar, a descobrir e a criar, para alcançar seus objetivos. Esse clima de trabalho escolar propicia o equilíbrio entre os aspectos afetivos e intelectivos das aprendizagens, mantendo a motivação, a curiosidade e a concentração necessárias à sustentação do sujeito, na busca da solução do problema.
O papel do professor é fundamental no sentido de prover o meio escolar dessas condições e difere das condutas do psicólogo ao solicitar e mediar o exercício das funções cognitivas, porque a intervenção pedagógica acontece em um contexto internacional de coletividade e tem uma vocação específica, sem fins individualizados e terapêuticos.



Os obstáculos


O controle das habilidades cognitivas é possível de efetivar-se em escolas cujas salas de aula têm alunos com e sem deficiências de mesma idade cronológica, como preconiza a inclusão, mas à condição de que adotemos modelos educacionais que propiciem esse controle e a valorização das habilidades referidas. A educação inclusiva implica a criação de alternativas metodológicas que contenham, em seus princípios e na sua operacionalização, meios de se proporcionar experiências de escolarização que se adaptem às exigências curriculares, às características e às especificidades do processo educativo dos aprendizes, diminuindo ou eliminando os obstáculos do meio escolar que produzem as inadaptações escolares dos alunos em geral, deficientes e não-deficientes.


Considerações finais

Concluímos que Inclusão é algo abrangente que consiste em unir, respeitar, valorizar, é estar em uma sociedade onde não existam diferenças, é poder ser solidário e agir com naturalidade mediante aqueles que mais necessitam. Somos seres únicos, cada um de nós possui suas habilidades e limitações, cada um tem seu jeito de ser e fazer, com isso é preciso colocar o próximo independente de suas limitações em um convívio social, garantindo seus direitos como cidadão.
         Viver em um mundo inclusivo é estar com o coração aberto podendo compreender o próximo como a nós mesmo, sendo solidário e acolhedor, mas é importante lembrar que viver a inclusão em sociedade não significa direcionar um olhar piedoso, é estar aberto para as diferenças existentes.
         Muitos se limitam e pensam que estar em uma sociedade inclusiva é apenas valorizar a diversidade humana e aceitar as diferenças individuais, esquecem que quando vivemos nesta sociedade, aprendemos a viver, a valorizar a vida, a construir sonhos e assim podemos enxergar um mundo com diversas oportunidades para todos, sem qualquer desigualdade.
Ao refletirmos sobre a prática docente, sabemos que ela se constrói em seu cotidiano, ou seja, a experiência vai além dos cursos de formações, mesmo sabendo que é indispensável para o crescimento profissional.
É importante lembrar que o aluno na classe regular não é o suficiente para troca de saberes. É preciso acreditar e aceitar os desafios lançados no cotidiano escolar. O docente é peça fundamental para o desenvolvimento cognitivo, devendo ser mediador e inovador sempre.
As práticas pedagógicas devem ser revistas procurando subsídios para que docentes e discentes sintam-se estimulados e possam assim desenvolver a aprendizagem mútua.
Na verdade não existe um modelo ou fórmula para lidar com a inclusão, pois estamos lidando com seres individuais que necessitam de atenção especial para assim aprimorarem seu desenvolvimento e até mesmo sua interação e relação social.
Deste modo sabemos que a aprendizagem acontece a todo instante, por isso é de suma a importância estarmos abertos ao novo, ou seja, em constante construção com os saberes e as práticas pedagógicas; estabelecer parcerias entre o governo e os empresários, adaptar dando condições de permanência em qualquer estabelecimento público ou privado.

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Referências:
Disponível em< http://www.horizontecientífico.propp.ufu.br/include/getdoc.php? Dia 27 de Março de 2010 às 14h
Disponível em< http://www.ibb.unesp.br/posgrad/teses/genética do 2006 debora rodrigueiro.pdf dia 25 de Março de 2010 ás 15h.
Disponível em< http://www.cefac.br/revista.revista54/artigo%204pdf dia 25 Março de 2010 às 17h.
Disponível em< Shttp://www.scielo.br/scielophp?script=sci arttext&pid =S0004-282x200 1000100017 dia 26 de Março ás 16h.

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