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Atividades Pedagógicas

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Artigo sobre Paralisia Celebral



A paralisia Cerebral e o desafio da sociedade da inclusão


Resumo


Ao analisarmos o nosso contexto social, notamos que o grande objetivo humanístico e social na atualidade consiste na inclusão. O grande desafio é justamente de conhecer as necessidades para recebê-la de maneira adequada no convívio social, bem como adaptar também a sociedade para aceitar as diferenças. Sabemos que toda criança tem direito a educação, portanto o objetivo principal desse artigo busca analisar, fatores determinastes da lesão em se, e aspectos relevantes que podem contribuir para que as crianças consigam se desenvolver de maneira promissora nos espaços educativos

Palavra Chave: Paralisia Cerebral, Desafios nos Espaços Educativos



Introdução


Ao longo da historia da humanidade vivenciou-se atitudes discriminatórias, onde as diferenças eram tratadas como doença, de modo que os portadores de deficiente físicas ou mentais eram afastados do convívio social.  A histria da educação especial surge no Século XVI, com médicos e pedagogos que acreditando na possibilidade dos indivíduos portadores de necessidades especiais serem sujeitos educáveis, no entanto apesar algumas experiências inovadoras da época essas práticas sempre estiveram atreladas a ambientes separados, pensando-se, tanto na protegendo os portadores de deficiências, como a própria sociedade de tais anomalias, essas praticas contribuíram para efetivar a segregação . No século XIX, para suprir a necessidade da institucionalização do ensino obrigatório surge às classes especiais, nas escolas regulares.  Até a década de 1900 nenhuma atenção educativa era destinada aos portadores de necessidades especiais, o movimento pela inclusão social surge com a declaração de Salamanca em 1923. Porém, o movimento se intensifica na década de 1960, com a proposta de integração, considerando a prática de segregação intolerável, oferecendo o direito aos portadores de deficiência de participarem dos todos os seguimentos educativos destinados para as demais crianças
O Brasil passou a dispor de leis especificas para estruturar e atender e oferecer acesso no ensino regular educação de deficientes. Lei nº 8.069/89 – Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua integração social, assegurando o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais. Lei nº 10.098/00. “Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001), o Brasil optou pela construção de um sistema educacional inclusivo ao assinar a Declaração Mundial de Educação para Todos (FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 1990)” Assim ao longo da historia, percebe-se um avanço significativo, comprovado pela ciência no que diz respeito à potencialidade educacional dos portadores de deficiências. Hoje é um fato, se avaliarmos que a sociedade vem mudando conceitos e procurando políticas para nortear ações humanitárias pelos direitos humanos. Assim algumas Leis vão surgindo oferecendo subsídios para a integração de todos no contexto social, intensificando conscientização e sensibilizando a sociedade sobre o grande prejuízo causado pela segregação.
Nesse sentido Temos como objetivo desse artigo busca em primeira estância fazer um panorama geral, falando sobre a paralisia cerebral (PC), bem como, levantando fatores que podem ser agentes causadores de futura disfunção neurológica, abordando também os problemas motores dos indivíduos e como se dar o processo de ensino e aprendizagem para os jovens com paralisia cerebral e como a escola pode estruturar e organizar seu espaço visando favorecer a sua inclusão. 





O que é a Paralisia Cerebral

Segundo pesquisas realizada a paralisia cerebral (P.C.) pode ser caracterizada por uma deficiência proveniente da falta oxigenação numa parte do cérebro (encéfalo), quando esse ainda está em formação, também pode ser definida por um grupo de problemas motoros
A paralisia cerebral é o termo que se dá a um grupo de problemas motores (relacionados aos movimentos do corpo) que começam bem cedo na vida e são o resultado de lesões do sistema nervoso central ou problemas no desenvolvimento do cérebro antes do nascimento (problemas congênitos). Algumas crianças com paralisia cerebral também têm desordens de aprendizagem, de visão, de audição e da fala. Embora a lesão específica do cérebro ou os problemas que causam paralisia cerebral não piorem, os problemas motores podem evoluir com o passar do tempo.  Como se sabe o cérebro é que comanda as funções do corpo, cada pequena área é responsável por uma determinada função, audição, visão movimentos dos membros inferior e superior, nesse sentido uma criança com paralisia cerebral pode apresentar dificuldades na fala, na audição e de locomoção.
O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator agressivo ao tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo da importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não progressiva.
A causa que provoca a paralisia cerebral não é desconhecida, mas sabe-se que muitos tipos diferentes de lesões podem causar a paralisia cerebral. As possibilidades incluem anormalidades no desenvolvimento do cérebro, lesão cerebral do feto causada por baixos níveis de oxigênio (hipóxia perinatal) ou baixa circulação do sangue, infecção, e trauma. Outras possíveis causas incluem: icterícia grave do recém-nascido, infecções na mãe durante a gravidez, problemas genéticos ou outras doenças que fazem o cérebro desenvolver anormalmente durante a gravidez. A paralisia cerebral também pode acontecer depois do nascimento, como quando há uma infecção do cérebro (encefalite) ou um trauma de crânio. A paralisia Cerebral não pode ser caracterizada por doença e sim uma condição médica especial, que ocorre em crianças, antes durante e logo após o parto, o que se pode afirmar nesse sentido é que as crianças com (PC) tem dificuldades no controle de sua função corporal. 
Tipos de Paralisia Cerebral
Os tipos (PC) são classificados de acordo com alterações de movimento predominantes e os tipos de alteração dos movimentos observados estão relacionados com a localização da lesão caudados no cérebro e a gravidade das alterações depende da extensão da lesão. Os sintomas de paralisia cerebral podem variar desde um desajeitamento quase imperceptível à uma espasticidade grave, com contorções dos membros superiores e inferiores, que confinam a criança a uma cadeira de rodas. Existem quatro tipos principais de paralisia cerebral:
Espástica
Quando a lesão está localizada na área responsável pelo início dos movimentos voluntários, trato piramidal, o tônus muscular é aumentado, isto é, os músculos são tensos e os reflexos tendinosos são exacerbados. Esta condição é chamada de paralisia cerebral espástica.
As crianças com envolvimento dos braços, das pernas, tronco e cabeça (envolvimento total) têm tetraplegia espástica e são mais dependentes da ajuda de outras pessoas para a alimentação, higiene e locomoção. A tetraplegia está geralmente relacionada com problemas que determinam sofrimento cerebral difuso grave (infecções, hipóxia e traumas) ou com malformações cerebrais graves.
As crianças com espasticidade tendem a desenvolver deformidades articulares porque o músculo espástico não tem crescimento normal. Flexão e rotação interna dos quadris, flexão dos joelhos e equinismo são as deformidades mais freqüentes nas crianças que adquirem marcha. Além destas, as crianças com tetraplegia espástica podem desenvolver ainda, luxação paralítica dos quadris e escoliose.
Com movimentos involuntários
Quando a lesão está localizada nas áreas que modificam ou regulam o movimento, trato extrapiramidal, a criança apresenta movimentos involuntários, movimentos que estão fora de seu controle e os movimentos voluntários estão prejudicados.
Esta condição é definida como paralisia cerebral com movimentos involuntários forma coreoatetósica ou distônica. O termo coreoatetose é usado para definir a associação de movimentos involuntários contínuos, uniformes e lentos (atetósicos) e rápidos, arrítmicos e de início súbito (coreicos). A criança com PC tipo distônica apresenta movimentos intermitentes de torção devido à contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, muitas vezes acometendo somente um lado do corpo. A PC com movimentos involuntários está freqüentemente relacionada com lesão dos gânglios da base (núcleos localizados no centro do cérebro, formados pelos corpos dos neurônios que compõem o trato extra-piramidal), causada por hiperbilirrubinemia neonatal. A bilirrubina é um pigmento amarelo liberado das hemáceas (células do sangue que transportam o oxigênio) quando elas se rompem. Nas incompatibilidades sanguíneas, este pigmento pode ser liberado em grande quantidade. O recém-nascido torna-se ictérico (a pele e as conjuntivas assumem uma cor de tonalidade amarela). Assim como esse pigmento se deposita na pele, pode se depositar também nos gânglios da base. Os movimentos involuntários podem ser leves ou acentuados e são raramente observados durante o primeiro ano de vida. Nas formas graves, antes desta idade a criança apresenta hipotonia (tônus muscular diminuído) e o desenvolvimento motor é bastante atrasado. Muitas crianças não são capazes de falar, andar ou realizar movimentos voluntários funcionais e são, portanto, dependentes para a alimentação, locomoção e higiene.
Atáxica
A paralisia cerebral atáxica está relacionada com lesões cerebelares ou das vias cerebelares. Como a função principal do cerebelo é controlar o equilíbrio e coodenar os movimentos, as crianças com lesão cerebelar apresentam ataxia ou seja, marcha cambaleante por causa da deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda, incoordenação dos movimentos com incapacidade para realizar movimentos alternados rápidos e dificuldade para atingir um alvo. Por exemplo, se a criança for apertar um botão que liga/desliga um aparelho elétrico com o seu indicador, ela tem dificuldade para comandar o movimento de maneira a colocar o dedo exatamente sobre o botão e no final do movimento observa-se um tremor grosso. Quando a lesão é muito extensa, o atraso do desenvolvimento motor é importante e é possível que a criança nunca seja capaz de andar sem apoio. Assim como nas formas extrapiramidais de PC, durante o primeiro ano de vida, a alteração observada é a hipotonia. A alteração mais freqüentemente encontrada é a ataxia associada a sinais piramidais (tônus muscular aumentado e reflexos tendinosos exacerbados). Ataxia pura em crianças com PC é rara.

Diagnóstico
Geralmente, a paralisia cerebral não pode ser diagnosticada durante a primeira infância. Quando problemas musculares (p.ex., desenvolvimento insatisfatório, fraqueza, espasticidade ou falta de coordenação) são observados, o médico tenta acompanhar a criança, para determinar se o problema é causado pela paralisia cerebral ou por um distúrbio progressivo, principalmente algum que pode ser tratado. O tipo específico de paralisia cerebral freqüentemente não pode ser diferenciado antes da criança atingir 18 meses de idade. Os exames laboratoriais não conseguem identificar a paralisia cerebral. No entanto, para descartar outros distúrbios, o médico pode solicitar exames de sangue, eletromiografias (estudos elétricos dos músculos), uma biópsia muscular e uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética do cérebro

Tratamento

A paralisia cerebral não tem cura, seus problemas duram toda a vida. No entanto, muita coisa pode ser feita para prover à criança o máximo de independência possível. A fisioterapia, a terapia ocupacional, os coletes e a cirurgia ortopédica podem melhorar o controle muscular e a deambulação. A fonoterapia (terapia da fala) pode tornar a fala muito mais clara e pode ajudar nos problemas de alimentação. As convulsões podem ser prevenidas com o uso de medicamentos anticonvulsivantes.

Muitas crianças com paralisia cerebral, quando não apresentam déficits intelectuais e físicos graves, crescem normalmente e freqüentam escolas normais. Outras necessitam de fisioterapia intensiva, de educação especial e apresentam graves limitações para realizar as atividades cotidianas, exigindo algum tipo de tratamento e assistência durante o resto da vida. Mesmo as crianças gravemente afetadas podem ser beneficiadas com a educação e treinamento.
 
O prognóstico geralmente depende do tipo de paralisia cerebral e de sua gravidade. Mais de 90% das crianças com paralisia cerebral sobrevivem até a vida adulta. Apenas as mais gravemente afetadas (incapazes de realizar qualquer cuidado pessoal) apresentam uma expectativa de vida muito menor.

Prevenção
Para ajudar a prevenir a paralisia cerebral, os médicos encorajam as mulheres grávidas a fazerem acompanhamento pré-natal regular, que começa o mais cedo possível e se estende por toda a gravidez. Porém, como a causa da maioria dos casos de paralisia cerebral não é conhecida, é difícil prevenir. Apesar das significativas melhorias no cuidado obstétrico e neonatal nos anos recentes, a incidência de paralisia cerebral não diminuiu. Serão necessárias mais pesquisas das causas de paralisia cerebral para prevenir estas desordens.



Considerações finais:

Como pode-se constatar, a partir da pesquisa realizada, que as crianças com paralisia cerebral, apresentam disfunções motoras, isso realmente é um fator determinante para limitar seus movimentos, consequentemente, ela precisará  por toda sua vida, de atenção especial, mediante as suas necessidades, que pode se apresentar como dificuldades leves ou graves, porém o que não se pode deixar de refletir sobre essa dificuldades é o quanto se pode contribuir, para que as pessoas com paralisia cerebral sejam incluídas de maneira promissora dentro do contexto social, pois elas podem até apresentar comprometimento visível em seu ato motor, porém seu cognitivo, pode se revelar ativo e competentes tanto quanto os de outras crianças. 
Precisamos avaliar, enquanto escola preocupada com a inclusão de todos, o que podemos fazer para incluir as crianças (PC), efetivamente em nosso meio, adaptando os nossos espaços e professores para atendê-las em suas necessidades. Sabemos que essa é uma tarefa difícil, pois exige maior comprometimento e investimentos das políticas públicas e Pedagógicas, Porém, precisamos entender que as crianças com Paralisia cerebral estão nas escolas, não só elas mais todas que apresentam algum tipo de necessidade especial, pois a nossa Legislação garante esse direito à elas, e não dá mais para refletir apenas, buscando ações que venha do outro, precisamos, enquanto lutamos por melhores políticas públicas e pedagógicas das escolas, trabalhar ativamente quanto professores que somos, responsáveis pelo desenvolvimento das nossas crianças, estimulá-las a se desenvolver de forma plena.








Referencias

(Microsoft Word - Paralisia Cerebral, Diplegia Esp\341stica.doc)

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Paralisia Cerebral do tipo Diplegia Espástica: Aspectos Clínicos ... A paralisia cerebral é uma das manifestações mais presentes em ...
www.isecensa.edu.br/.../Paralisia%20Cerebral,%20Diplegia%20Espástica.pdf - Similares

1.   Paralisia Cerebral - Manual Merck

Muitos tipos diferentes de lesões podem causar a paralisia cerebral, ... O prognóstico geralmente depende do tipo de paralisia cerebral e de sua gravidade. ...
www.msd-brazil.com/.../m.../mm_sec23_270.htm - Em cache - Similares

Um comentário:

  1. Ola, gostei muito do seu post sobre a (PC), me esclareceu bastante, Obrigada ! :)

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