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Atividades Pedagógicas

sábado, 9 de outubro de 2010

Projeto folclore

Folclore segundo o Wikipedia

Definição

Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções
.

História

O termo folclore (folklore) aparece pela primeira vez cunhado por Ambrose Merton - pseudônimo de William John Thoms - em uma carta endereçada à revista The Athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser utilizado então para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares. Posteriormente, o termo passa a designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de história não escrita de um povo.
À medida que a ciência e a tecnologia se desenvolveram, todas essas tradições passaram a ser consideradas frutos da ignorância popular. Entretanto, o estudo do folclore é fundamental de modo a caracterizar a formação cultural de um povo e seu passado, além de detectar a cultura popular vigente, pois o fato folclórico é influenciado por sua época.
No século XIX, a pesquisa folclórica se espalha por toda a Europa, com a concientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao modo de vida urbano. O folclore passa então a ser usado como principal elemento nas obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.

Características do fato folclórico

Para se determinar se um acontecimento é folclórico, ele deve apresentar as seguintes características:
Tradicionalidade: vem se transmitindo geracionalmente.
Oralidade:
é transmitido pela palavra falada.
Anonimato:
não tem autoria.
Funcionalidade:
existe uma razão para o fato acontecer.
Aceitação coletiva:
há uma identificação de todos com o fato.
Vulgaridade:
acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites.
Espontaneidade:
não pode ser oficial nem institucionalizado.
As características de tradicionalidade, oralidade e anonimato podem não ser encontrados em todos os fatos folclóricos como no caso da literatura de cordel, no Brasil, onde o autor é identificado e a transmissão não é feita oralmente.

Campos do Folclore

Música
Caracteriza-se pela simplicidade, monotonia e lentidão. Sua origem pode estar ligada a uma música popular cujo autor foi esquecido ou pode ter sido criada espontâneamente pelo povo. Observa-se a música folclorica sobretudo em brincadeiras infantis, cantos religiosos, ritos, danças e festas.
São exemplos:
cantigas de roda;
ciranda cirandinha
acalantos;
modinhas;
cantigas de trabalho;
serenatas;
cantos de velório;
cantos de cemitério.

Danças e festas

As danças acompanham as músicas em vários rituais folclóricos, sendo as principais danças folclóricas brasileiras samba, baião, frevo, xaxado, maracatu, tirana, catira, quadrilha. As principais festas são Carnaval, Festas juninas, Festa do Rosário e Congado.

Linguagem

As principais manifestações do folclore na linguagem popular são as seguintes:
Adivinhações: também chamados de adivinhas. Consistem em perguntas com conteúdo dúbio ou desafiador.
Exemplos de adivinhas
'O que é o que é???'
1. Está no meio do começo, está no começo do meio, estando em ambos assim, está na ponta do fim?
2. Branquinho, brancão, não tem porta, nem portão?
3. Uma árvore com doze galhos, cada galho com trinta frutas, cada fruta com doze sementes?
4. Uma casa tem quatro cantos, cada canto tem um gato, cada gato vê três gatos, quantos gatos têm na casa?
5. Altas varandas, formosas janelas, que abrem e fecham, sem ninguém tocar nelas?
Respostas:
1. A letra M
2. Ovo
3. Ano, mês, dia, hora
4. Quatro
5. Olhos

Parlenda

São palavras ordenadas de forma a ritmar, com ou sem rima.

Provérbios
Ditos que contém ensinamentos. Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão. A fome é o melhor tempero. Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão. Pagar e morrer é a última coisa a fazer.

Quadrinhas

Estrofes de quatro versos sobre o amor, um desafio ou saudação.

Piadas
Fatos narrados humorísticamente. Piada ou Anedota é uma história curta de final geralmente surpreendente e engraçado com o objetivo de causar risos ou gargalhadas (ou sensação de) no leitor ou ouvinte. É um tipo específico de humor que, apesar de diversos estilos, possui características que a diferenciam de outras formas de comédia. Joãozinho é um nome genérico que se utiliza em piadas que envolvem um garotinho que faz perguntas ou comentários que provocam espanto em adultos. Esse é o nome utilizado no Brasil e em Portugal, mas esse contexto de piada também é utilizado em outros países. Há uma variação, que é Juquinha.
Os nomes mais populares são: Little Johnny (Estados Unidos), Jaimito (Espanha), Pepito (México), Vovochka (Rússia), Pepícek (República Tcheca), Pierino (Itália) e Toto (França).
Exemplo:
O Joãozinho vai com sua irmã visitar a avó:
— Vovó, como é que as crianças nascem?
— Bem, as cegonhas trazem as criancinhas no bico, meus netinhos.
Joãozinho cochicha para a sua irmã:
— E aí, o que é que você acha? Contamos a verdade para ela?


Literatura de Cordel

livrinhos escritos em versos, no nordeste brasileiro, e pendurados num barbante (daí a origem de cordel), sobre assuntos que vão desde mitos sertanejos às situações social, política e econômica atuais.
Frases prontas: frases consagradas de poucas palavras com significado direto e claro.

Frases de pára-choque de caminhão

Frases humorísticas ou religiosas que caminhoneiros pintam em seus pára-choques.

Trava-Língua

É um pequeno texto, rimado ou não, de pronunciação difícil.

Usos e costumes

Neste campo inclui-se ítens à respeito da alimentação, cultivo, vestuário, comportamento etc, de um povo de uma região.

Brinquedos e brincadeiras

Os brinquedos são artefatos para serem utilizados sozinho, como a boneca de pano, o papagaio (pipa), estilingue (bodoque), pião , arapuca , pandorga e etc.
As brincadeiras envolvem disputa de algum tipo, seja de grupos ou individual, como o pega-pega, bolinha-de-gude, esconde-esconde, etc.
Como por exemplo pipa: é um instrumento feio com papel seda, e hastes de madeira, contendo uma rabiola, fio com várias fitas, e outro fio, se empina a pipa para um lado onde houver vento, e a solta com a ajuda do vento e da rabiola ela sobe em direção ao céu. Mas cuidado: não use cerol.

Lendas, mitos e contos

Lenda é uma narração fantasiosa sobre um fato real. São exemplos de lendas brasileiras:
Negrinho do Pastoreio(Sul);
A lenda do Uirapuru (Norte);
A lenda da Nossa Senhora das Graças (Sudeste);
A lenda da vitória régia;
Mito é uma história em torno de algo irreal, como:
Boitatá
Caipora
Chupa-Cabras
Curupira
Mula-sem-cabeça
Ralã-barrão
Saci Pererê

Crenças e superstições

Sabença: sabedoria popular utilizada na cura de doenças e solução de problemas pessoais através de benzeduras.
Crendice: crença absurda, também chamada de ablusão.
Superstição: explicações de fatos naturais como consequências de acontecimentos sobrenaturais.

Arte e artesanato

Compreende uma ampla área, que se estende desde a culinária até o artesanato propriamente dito. Baseiam-se em técnicas rudimentares de produção e utilizam-se de matéria-prima natural como madeira, ossos, couro, tecido, pedras, sementes, entre outros.


Folclore projeto: Parlendas

Antes de iniciar a atividade, explique aos alunos que as Parlendas são rimas infantis usadas em brincadeiras ou como técnica de memorização. Propor aos alunos que recitem bem alto e da mesma forma que você fizer. Ou seja, quando você falar lentamente, eles respondem lentamente; quando você falar rápido, eles devem falar rápido, mas sempre todas ao mesmo tempo.
Esta é também uma boa oportunidade para trabalhar noções de ritmo e o que são rimas.
Na primeira fase, você terá de ensinar as parlendas aos alunos até que eles decorem.
O "chefe", no caso você, deve falar a primeira frase (quase sempre uma pergunta) e, em seguida, as os alunos todos juntos declamam o resto. Faça várias vezes seguidas em uma espécie de ladainha.

Sugestões de parlendas
:

(chefe/você): O QUE HÁ DE NOVO?

(todos): MUITA GALINHA E POUCO OVO!

(chefe): O QUE É ISSO?

(todos): CHOURIÇO PRA VOCÊ COMER NA HORA DO SEU SERViÇO!

(chefe): QUE HORAS SÃO?

(todos): HORA DE COMER PÃO E LAMBER SABÃO!

(chefe): AONDE VAI?

(todos): VOU ALI E VOLTO JÁ. VOU APANHAR MARACUJÁ!

(chefe): O QUE ESTÁ FAZENDO Aí?

(todos): SEGURANDO AS CALÇAS PRA NÃO CAIR.
Sugerimos que nesse dia, você proponha uma grande festa, em sala de aula, para comemorar o dia ou mês do folclore. Além desse "sarau" literário, os alunos podem experimentar comidas que fazem parte do nosso folclore como pamonha, pão de milho, batata doce, amendoim e pipoca. Peça para que cada um traga um desses pratos. Explique que as comidas também fazem parte da cultura de um povo. Não deixe de falar que muitas delícias que os brasileiros apreciam ainda hoje tiveram origem em um passado distante e foram criadas por povos africanos, indígenas e europeus.

Conhecendo adivinhas

Pertencem, também, à literatura oral e é um gênero universal. Você vai propor um "enigma" e os alunos vão ter de acertar. Se for muito difícil a adivinha, você vai fazer mímica até que acertem. Outra idéia é chamar alguns alunos, para quem você vai dar a resposta, e eles que devem fazer a mímica para a classe acertar.

Sugestão de adivinhas:


O que é o que é que cai em pé e corre deitado? (resposta; a chuva)

•O que é o que é que fica rodando, rodando, mas não sai do lugar? (o relógio)

•O que é o que é vermelha, não toma chuva, mas está sempre molhada? (a língua) O que é o que é que mais pesa no mundo? (a balança)

•O que é o que é que tem boca, só um dente e chama a atenção de muita gente? (o sino)

•O que é o que é que vive passando os dentes no cabelo? (o pente)

•O que é o que é que Deus dá duas vezes e se alguém quiser mais terá que mandar fazer? (os dentes)

Sugira que os alunos inventem as suas próprias adivinhas. Obviamente, que em muitas não haverá coerência, mesmo assim deverão ser aceitas. Será um jogo divertido, de muito raciocínio e de muita criatividade.

Conhecendo os trava-línguas, que pertencem à literatura oral

Diga para classe decorar os trava-línguas, pois dali a uma semana haverá uma competição. Nesse grande dia, você vai dividir a classe em equipes. Antes, você preparou várias tiras de papel com palavras-chave, que vai sorteando durante a competição. Então, quando você disser, por exemplo, "tigre", alguém da equipe levanta a mão e diz o trava-língua, que contém aquela palavra sorteada, bem rápido e certinho. Se errar passa para a outra equipe.

Sugestões de trava-línquas


1)Três pratos de trigo

Para três tigres tristes

2)Sabia que o sabiá sabia assobiar?

3)A aranha arranha o jarro.

O jarro arranha a aranha.

4)O rato roeu a roupa do rei de Roma e da rainha da Rússia.

5)A rata roeu a rolha da garrafa da rainha.

6)O pobre pintor português

Pinta parede, porta e pia.

7)O doce perguntou para o doce

Qual era o doce mais doce

O doce responde pro doce

Que o doce mais doce

É o doce de batata doce

8)O peito do pé do Pedro é preto

9)Olha o sapo dentro do saco,

o saco com o sapo dentro,

o sapo batendo papo

e o papo soltando vento.


Conhecendo as lendas do nosso folclore

Como toda data especial merece um cartão (cartão de Natal, Dia das Mães, de aniversário), o Dia do Folclore também vai ter um.
Peça para as crianças trazerem materiais como lantejoulas, purpurinas, fitas, lacinhos e outros bem bonitos para enfeitar o cartão. Para esta atividade, basta uma folha de sulfite, dobrada ao meio ou um quadrado de cartolina também dobrado ao meio em formato de cartão. Você vai contar 3 ou 4 lendas do folclore, enfatizando bem as características dos personagens, por exemplo, cabelos imensos e bem verdes; olhos enormes; um gorro muito vermelho, bastante peludo e de orelhas compridas. Cada criança escolhe um personagem e o desenha no cartão.
Dentro do cartão, os alunos devem escrever ou colar letras tiradas de uma revista - De... (nome do aluno) Para... (nome de quem vai receber o cartão) e FELIZ DIA DO FOLCLORE. Sugira que as crianças ao dar o cartão, contem para o presenteado a história daquele personagem que ela desenhou.

Criação coletiva de uma história

Faça uma grande roda com todos sentados no chão. Você fala sobre um personagem do nosso folclore. Enfatize as características e as atitudes mais marcantes desse personagem. Explique que todos vão criar uma aventura nova para aquele personagem. A partir daí, você começa a criação da história coletiva. Você diz, por exemplo, que era um dia de muito sol e que alguns pescadores saíram para pescar. Nesse ponto, você passa a palavra para o aluno que está na sua esquerda e ele dá prosseguimento dizendo, por exemplo, os pescadores tinham medo de encontrar a lara. O próximo aluno vai dizer que a lara já estava lá penteando os cabelos na margem do rio.

E assim prossegue até todos participarem. Quando você notar que a história está se desviando, você interfere com alguma sugestão que dê coerência àquele personagem e que leve a uma ação. Você também pode ajudar os alunos, que sempre dizem 'não sei o que falar' dando sugestões ou fazendo perguntas do tipo 'o que você acha que a lara falou para o pescador mais valentão?' ou 'será que a lara estava sozinha ou com outras amigas?'. Durante todo o tempo, você estará anotando as partes da história em uma folha e quando a história terminar, você lê para eles e os parabeniza por terem criado uma história.

Aproveite a data para apresentar aos alunos o mundo maravilhoso do folclore brasileiro. Uma boa sugestão é conversar sobre algumas brincadeiras que atravessaram gerações como: passa-anel, ciranda, esconde-esconde, jogar pião, empinar pipa. A aula fica ainda mais produtiva, se, anteriormente, encomendar uma pesquisa aos alunos. Eles deverão perguntar aos avós, pais, tios, vizinhos como eram essas brincadeiras, regras do jogo e se eles conhecem outras. Depois, em sala de aula, é só trocar informações.

É também interessante levar para a aula figuras de grandes festas folclóricas como bumba-meu-boi, chula, frevo, festas caipiras, carnaval e também de artesanato (rendas e cerâmicas) e comidas (feijoada, pamonha). Geralmente, as revistas de turismo trazem matérias sobre esse assunto e com belas fotos. Chame atenção deles para o colorido, o material e a diversidade das fantasias e dos objetos.

E não deixe de falar sobre as lendas. Nascidas da imaginação do povo e transmitidas pela tradição oral, muitas vezes são assustadoras, mas quase sempre trazem no final uma grande lição de moral. Vamos lembrar de algumas? Selecione as que julgar mais interessantes.





Cantigas de roda e de ninar

Dentro do conjunto de conhecimentos, tradições, lendas, crenças e superstições de um povo, é importante destacar as cantigas de roda e de ninar. São verdadeiros repositórios de alegria e de sentimentos, fruto sempre da amizade. As cantigas de roda no alegre ambiente coletivo, as cantigas de ninar no sagrado convívio materno-infantil, sempre adoçadas pela maciez do berço, no conforto da rede ou no encantamento de um colo de mãe.

Wanderlino Arruda

Escravos de Jó
Os escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, põe,
Deixa o zabelê ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem ziguezigue zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem ziguezigue zá.


Eu entrei na roda
Ai, eu entrei na roda
Ai, eu não sei como se dança
Ai, eu entrei na “rodadança”
Ai, eu não sei dançar
Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um
Tenho sete namorados só posso casar com um
Namorei um garotinho do colégio militar
O diabo do garoto, só queria me beijar
Todo mundo se admira da macaca fazer renda
Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda.

Fui ao Tororó
Fui no Tororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh! Dona Maria,
Oh! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha!

Marcha soldado
Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acorda acorda acorda
A bandeira nacional .


Marinheiro só
Oi, marinheiro, marinheiro,
Marinheiro só
Quem te ensinou a navegar?
Marinheiro só
Foi o balanço do navio,
Marinheiro só
Foi o balanço do mar
Marinheiro só.

Meu limão, meu limoeiro
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Uma vez, tindolelê,
Outra vez, tindolalá.

Peixe vivo
Como pode o peixe vivo
Viver fora d'água fria?
Como pode o peixe vivo
Viver fora d'água fria?
Como poderei viver,
Como poderei viver,
Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia?
Os pastores desta aldeia
Já me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Já me fazem zombaria
Por me ver assim chorando
Sem a tua, sem a tua companhia.

Pai Francisco
(O Pai Francisco fica fora da
roda enquanto todos cantam:)

Pai Francisco entrou na roda
Tocando seu violão!
Da...ra...rão! Dão!
Vem de lá seu delegado
E Pai Francisco foi pra prisão.

(Pai Francisco se aproxima da
roda, requebrando, e escolhe
um companheiro para substituí-lo.)
Como ele vem
Todo requebrado
Parece um boneco
Desengonçado.

(A brincadeira recomeça.)


A barata diz que tem
A barata diz que tem sete saias de filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só
A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo!
A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim.

A canoa virou
A canoa virou
Por deixá-la virar,
Foi por causa da Maria
Que não soube remar
Siriri pra cá,
Siriri pra lá,
Maria é velha
E quer casar
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Eu tirava a Maria
Lá do fundo do mar.

Alecrim
Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo
Sem ser semeado
Oi, meu amor,
Quem te disse assim,
Que a flor do campo
É o alecrim?
Alecrim, alecrim aos molhos,
Por causa de ti
Choram os meus olhos
Alecrim do meu coração
Que nasceu no campo
Com esta canção.

Atirei o pau no gato
Atirei o pau no gato tô tô
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau!!!!!!

A gatinha parda
A minha gatinha parda, que em Janeiro me fugiu
Onde está minha gatinha,
Você sabe, você sabe, você viu ?
Eu não vi sua gatinha, mas ouvi o seu miau
Quem roubou sua gatinha
Foi a bruxa, foi a bruxa pica-pau.

A rosa amarela
Olha a Rosa amarela, Rosa
Tão Formosa, tão bela, Rosa
Olha a Rosa amarela, Rosa
Tão Formosa, tão bela, Rosa
Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá
Para me enxugar, ô Iá-iá
Esta despedida, ô Iá-iá
Já me fez chorar, ô Iá-iá...

Se esta rua fosse minha
Se esta rua,
Se esta rua fosse minha,
Eu mandava,
Eu mandava ladrilhar,
Com pedrinhas,
Com pedrinhas de diamantes,
Só pra ver, só pra ver
Meu bem passar
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei teu coração,
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração,
É porque, é porque te quero bem

Balaio
Eu queria se balaio, balaio eu queria ser
Pra ficar dependurado, na cintura de “ocê”
Balaio meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão
Eu mandei fazer balaio, pra guardar meu algodão
Balaio saiu pequeno, não quero balaio não
Balaio meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração.

Boi barroso
Eu mandei fazer um laço do couro do jacaré
Pra laçar o boi barroso, num cavalo pangaré
Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga
O teu lugar, ai, é lá na cana
Adeus menina, eu vou me embora
Não sou daqui,ai, sou lá de fora
Meu bonito Boi Barroso,que eu já dava por perdido
Deixando rastro na areia logo foi reconhecido.

Boi da cara preta
Boi, boi, boi
Boi da cara preta
Pega esta criança que tem medo de careta
Não , não , não
Não pega ele não
Ele é bonitinho, ele chora coitadinho.

Cachorrinho
Cachorrinho está latindo lá no fundo do quintal
Cala a boca, Cachorrinho, deixa o meu benzinho entrar
Ó Crioula lá! Ó Crioula lá, lá!
Ó Crioula lá! Não sou eu quem caio lá!
Atirei um cravo n’água de pesado foi ao fundo
Os peixinhos responderam, viva D Pedro Segundo.

Cai cai balão
Cai cai balão, cai cai balão
Na rua do sabão
Não Cai não, não cai não, não cai não
Cai aqui na minha mão!
Cai cai balão, cai cai balão
Aqui na minha mão
Não vou lá, não vou lá, não vou lá
Tenho medo de apanhar!

Capelinha de melão
Capelinha de Melão é de São João
É de Cravo é de Rosa é de Manjericão
São João está dormindo
Não acorda não!
Acordai, acordai, acordai, João!

Ciranda, cirandinha
Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou,
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.

A barraquinha
Vem, vem, vem sinhazinha
Vem, vem, vem Sinhazinha
Vem, vem para provar
Vem, vem, vem Sinhazinha
Na barraquinha comprar
Pé de moleque queimado
Cana, aipim, batatinha
Ó quanta coisa gostosa
Para você Sinhazinha.

Mineira de Minas
Sou mineira de Minas,
Mineira de Minas Gerais
Rebola bola você diz que dá que dá
Você diz que dá na bola, na bola você não dá!
Sou carioca da gema,
Carioca da gema do ovo
Rebola bola você diz que dá que dá
Você diz que dá na bola, na bola você não dá!

Na Bahia tem
Na Bahia tem, tem tem tem
Coco de vintém, ô Ia-iá
Na Bahia tem!


Na beira da praia
Na beira da praia
Eu vou, eu quero ver
Na beira da praia,
Só me caso com você
Na beira da praia
Você diz que não, que não,
Você mesmo há de ser
Água tanto deu na pedra,
Que até fez amolecer,
Na beira da praia.

Na loja do mestre André
Foi na loja do Mestre André
Que eu comprei um pianinho,
Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé!
Foi na loja do Mestre André!
Foi na loja do Mestre André
Que eu comprei um violão,
Dão,dão,dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé!
Foi na loja do Mestre André!
Foi na loja do Mestre André
Que eu comprei uma flautinha,
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão,dão,dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé!
Foi na loja do Mestre André!
Foi na loja do Mestre André
Que eu comprei um tamborzinho,
Dum, dum, dum, um tamborzinho
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé!
Foi na loja do Mestre André!

O cravo brigou com a rosa
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa, despedaçada
O cravo ficou doente
A rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.

Meu boi morreu
O meu boi morreu
O que será de mim
Mande buscar outro, oh Morena
Lá no Piauí
O meu boi morreu
O que será da vaca
Pinga com limão, oh Morena
Cura urucubaca.

O meu galinho
Há três noites que eu não durmo, ola lá!
Pois perdi o meu galinho, ola lá!
Coitadinho, ola lá! Pobrezinho, ola lá!
Eu perdi lá no jardim
Ele é branco e amarelo, ola lá!
Tem a crista vermelhinha, ola lá!
Bate as asas, ola lá! Abre o bico, ola lá!
Ele faz qui-ri-qui-qui
Já rodei em Mato Grosso, ola lá!
Amazonas e Pará, ola lá!
Encontrei, ola lá!Meu galinho, ola lá!
No sertão do Ceará!

O pobre cego
Minha Mãe acorde, de tanto dormir
Venha ver o cego, Vida Minha, cantar e pedir
Se ele canta e pede, de-lhe pão e vinho
Mande o pobre cego, Vida Minha, seguir seu caminho
Não quero teu pão, nem também teu vinho
Quero só que a minha vida, Vida Minha, me ensine o caminho
Anda mais Aninha, mais um bocadinho,
Eu sou pobre cego, Vida Minha, não vejo o caminho.


Peixinho do mar
Quem me ensinou a nadar
Quem me ensinou a nadar
Foi, foi, marinheiro
Foi os peixinhos do mar.

Pezinho
Ai bota aqui
Ai bota aqui o seu pezinho
Seu pezinho bem juntinho com o meu
E depois não vá dizer
Que você se arrependeu!

Pirulito que bate bate
Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu
Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
A menina que eu gostava
Não gostava como eu.

Que é de Valentim
Que é de Valentim ? Valentim Trás Trás
Que é de Valentim ? É um bom rapaz
Que é de Valentim ? Valentim sou eu!
Deixa a moreninha, que esse par é meu!

Roda pião
O Pião entrou na roda, ó pião!
Roda pião, bambeia pião!
Sapateia no terreiro, ó pião!
Mostra a tua figura, ó pião!
Faça uma cortesia, ó pião!
Atira a tua fieira, ó pião!
Entrega o chapéu ao outro, ó pião!

Samba Lelê
Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas
Samba, samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá
Ó Morena bonita,
Como é que se namora ?
Põe o lencinho no bolso
Deixa a pontinha de fora.

São João da Rão
São João Da Ra Rão
Tem uma gaita-ra-rai-ta
Que quando toca-ra-roca
Bate nela
Todos os anja-ra-ran-jos
Tocam gaita-ra-rai-ta
Tocam gaita-ra-rai-ta
Aqui na terra
Maria tu vais ao baile, tu “leva” o xale
Que vai chover
E depois de madrugada, toda molhada
Tu vais morrer
Maria tu vais “casares”, eu vou te “dares”
Eu vou te “dares” os parabéns
Vou te “dartes” uma prenda
Saia de renda e dois vinténs.


Sapo Jururu
Sapo Jururu na beira do rio
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está la dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento.

Teresinha de Jesus
Teresinha de Jesus deu uma queda
Foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Teresa deu a mão
Teresinha levantou-se
Levantou-se lá do chão
E sorrindo disse ao noivo
Eu te dou meu coração
Dá laranja quero um gomo
Do limão quero um pedaço
Da morena mais bonita
Quero um beijo e um abraço.

Tutu Marambá
Tutu Marambá não venhas mais cá
Que o pai do menino te manda matar
Durma neném, que a Cuca logo vem
Papai está na roça e Mamãezinha em Belém
Tutu Marambá não venhas mais cá
Que o pai do menino te manda matar.


Vai abóbora
Vai abóbora vai melão de melão vai melancia
Vai jambo sinhá, vai jambo sinhá, vai doce, vai cocadinha
Quem quiser aprender a dançar, vai na casa do Juquinha
Ele pula, ele dança, ele faz requebradinha .

Vamos maninha
Vamos Maninha vamos,
Lá na praia passear
Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar
Nossa Senhora esta dentro,
Os anjinhos a remar
Rema rema remador, que este barco é do Senhor
O barquinho já vai longe
E os anjinhos a remar
Rema rema remador, que este barco é do Senhor (bis).

Você gosta de mim?
Você gosta de mim, ó menina?
Eu também de você, ó menina
Vou pedir a seu pai, ó menina,
Para casar com você, ó menina
Se ele disser que sim, ó menina,
Tratarei dos papéis, ó menina,
Se ele disser que não, ó menina,
Morrerei de paixão.


Maria Agripina Neves
Licenciada e Bacharel em História, pós-graduada em Folclore e Cultura Popular.


"Há cantigas para todas as idades e situações ... O canto é uma válvula de escape por onde se elimina excesso emocionais armazenados... Canta-se para abafar uma saudade ou aliviar uma paixão ... para expressar uma alegria ou também para vencer o medo."

( Saul Alves Martins)

Boitatá confeccionado de papel crepom verde e vermelho 
com a cabeça de EVA verde

                                                       Boto-cor-de-rosa confeccionado de Jornal

                                                   Saci-pererê confeccionado de papel cartão

                                                  Boto-cor-de-rosa confeccionado de papel cartão rosa
                                                Sereia foi desenha no papel grafite e depois pintada utilizando 
                                                 miçangas diversas. 
                                                     Sereia confeccionada de jornal, papel de bala de cocô






                                            painel confeccionado pelas crianças de 4 anos para feira cultural de 2010



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