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Atividades Pedagógicas

sábado, 9 de outubro de 2010

Projetos para Educação Especial

Proposta para trabalhar com Síndrome de Down

Legislação
De acordo com a “LDB n° 9394/96 Art.58 se refere ao que entende-se por educação especial, para efeitos desta lei, a modalidade de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.” A escola é direito de todos, “Todos tem direito à Educação”.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.”

“O ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente afirma no art. 11º  que:
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado.
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.”

Assim, a criança com Síndrome de Down tem seus direitos resguardados na lei. Tendo o direito à vaga na rede regular de ensino.

Justificativa
A síndrome de Down é causada pela presença de um cromossoma chamado de par nº 21. Um bebê com Síndrome de Down possui 47 cromossomos, porque possui um cromossoma 21 a mais, isto é, tem 3 cromossomos 21 em todas as suas células, ao invés de dois. É o chamado de Trissomia dos 21. Conhecida popularmente como Mongolismo, porém hoje essa palavra não é mais usada, onde o nome correto vem: Síndrome significa um conjunto de características que prejudica de algum modo o desenvolvimento da pessoa e Down é o sobrenome do médico que descreveu esta síndrome(John Langman Down). A síndrome causa ao indivíduo um atraso substancial nas funções cognitivas. Essa função prejudica o desenvolvimento da linguagem de acordo com a sua deficiência intelectual. A razão é estabelecida através do processamento sistemático que possibilita à criança a capacidade de relacionar letra-som, essa compreensão propõe uma rota de acesso à memória que transmiti a informação visual fonológica. O estudo realizado deve-se através de estratégias do educador para que os indivíduos com síndrome de Down utilizam para aprender ler palavras no inicio da aprendizagem da leitura.

Objetivo
Criar condições ao Portador de Síndrome de Down para o desenvolvimento de suas habilidades e capacidades de ensino-aprendizagem.
Promover um ambiente que permita um convívio grupal, contato e interação com os outros alunos.
Tornar as situações de aprendizagem mais lúdicas.
Propor palestras e cursos para os pais para que possam aproximar-se e compreender as dificuldades de seu filho deficiente.

Introdução
Percebemos que houve uma mudança gradativa nas escolas, como um todo as situações de aprendizagem tornaram-se mais lúdicas, e a estratégias pedagógicas deixou de ser a dificuldades da criança que deveria adaptar-se a um contexto escolar, mas sim o contrário. Um fator gerador de dificuldades, é a postura dos pais das crianças sem deficiência, manifestando preconceitos em relação à elas em atitudes contrarias a que seus filhos convivam com crianças deficientes, fator esse agravado quando se trata de uma escola particular, que dependem para a sua manutenção, do apoio dos pais. Na fase da educação infantil, onde são formados os padrões de comportamento, é muito importante que as crianças com deficiência e sem deficiência convivam com as diferenças.
O controle das habilidades cognitivas é possível de efetivar-se em escolas cujas salas de aula têm alunos com e sem deficiências de mesma idade cronológica, como preconiza a inclusão, mas à condição de que adotemos modelos educacionais que propiciem esse controle e a valorização das habilidades referidas. A educação inclusiva implica a criação de alternativas metodológicas que contenham, em seus princípios e na sua operacionalização, meios de se proporcionar experiências de escolarização que se adaptem às exigências curriculares, às características e às especificidades do processo educativo dos aprendizes, diminuindo ou eliminando os obstáculos do meio escolar que produzem as inadaptações escolares dos alunos em geral, deficientes e não-deficientes.

Como atender e receber na escola a criança com Síndrome de Down?
Abaixo algumas sugestões:
·         Após o ato da matrícula, acreditamos que é de grande importância a secretária da escola informar à Coordenadora e à Gestora da Unidade Escolar sobre a chegada deste aluno, esta informação deve ser repassada aos professores e demais funcionários da unidade escolar (todos os segmentos).
·         É interessante e necessário o Coordenador preparar uma reunião pedagógica e trazer informações sobre a Síndrome de Down, poderá pedir também para seus professores e equipe ajudarem nesta pesquisa.
·         Realizar leituras, assistir a vídeos e documentários que tratam deste assunto.
·         Todos deverão participar independente do professor que irá receber o aluno em sua classe (o aluno é da escola); todos direta ou indiretamente irão contribuir para o desenvolvimento deste aluno (vai além da turminha que irá conviver com ele (a) na mesma classe todos os dias).
·         Convidar os pais para conversar com a Coordenadora e educador para preencher uma ficha de anamnese (explicar aos pais que estamos como equipe desejando conhecer um pouco mais da criança) para saber a melhor maneira de conquistá-la e transmitir-lhe segurança e bem-estar.
·         No primeiro dia de aula, apresentar a criança com naturalidade, preparar brincadeiras de roda, corre - cotia e outras “a escolher”.
·         Criar situações de aconchego, usar músicas, conversa de roda ou histórias.
·         Usar o bom senso.
·         Preparar atividades iguais para todos, quando necessário, mudarem a estratégia (adequar para atingir os objetivos).
·         Quanto ao educador, é importante aproximar-se, ter um olhar atento para todos e auxiliar individualmente à criança que necessitar com ou sem Síndrome de Down, cada um tem suas especificidades.
·         Com o passar dos dias, o professor vai compreendendo como tem de atender à cada criança da turma, cada um é único.
·         Realizar atividades em grupos, duplas, é importante para o desenvolvimento de todos ( conversar, sorrir, sair de trás da mesa).
·         É importante que o professor continue com as pesquisas sobre o assunto “Síndrome de Down”, estudar sempre.
·         Importante lembrar que cada criança tem suas particularidades, interesses, ritmo e tempo para desenvolver-se, assimilar, aprender “as informações”, “não aprenderão tudo no mesmo tempo”.
·         Tem de ser respeitadas as especificidades das crianças com ou sem Síndrome de Down.
·         O pedagogo é o mediador das relações: escola, família e sociedade para a inclusão das pessoas com Síndrome de Down ou de outros deficientes.
·         O desempenho do pedagogo e seu bom senso contribuem significativamente para a inclusão da pessoa com Síndrome de Down na sociedade.

Um educador dedicado, observador e carinhoso poderá contribuir muito para o desenvolvimento de uma criança com ou sem a Síndrome de Down.
Devemos lembrar que a lei protege os direitos das crianças, não tratá-las com dignidade, respeito, é considerar que podemos responder em juízo diante do Ministério Público, os pais estão bem informados a respeito deste assunto, como nunca antes estiveram.
A autonomia

O interesse pela adaptação ao meio e a valorização dos papéis sociais, presentes na maioria das propostas educativas atuais, decorrem da autonomia como finalidade da educação de pessoas com deficiência.
A valorização dos papéis supõe não apenas a igualdade de oportunidades, mas a igualdade de valor entre as pessoas e, em conseqüência, o desenvolvimento de habilidades, talentos pessoais e papéis sociais, compatíveis com o contexto de vida, a cultura, a idade e o gênero.
A inserção de pessoas com déficit intelectual torna-se virtualmente impossível, quando não lhes permitimos desenvolver os instrumentos necessários para se adaptarem às condições ambientais, que mudam constantemente. Uma boa adaptação repousa sobre a faculdade de utilizar as aquisições intelectuais em diversas situações que apresentam características similares.


 Atividades propostas
1-    Tema: Dobradura
Objetivo: Estimular a coordenação motora fina, lateralidade, seqüência de instruções e organização espacial.
Material: Papeis coloridos
Desenvolvimento: 1. Providenciar papéis coloridos no tamanho exato; 2. Demonstrar e realizar junto com os alunos as etapas das dobraduras.
2-    Tema: Escravo de Jó
Objetivo: Desenvolver a atenção auditiva e espacial.
Material: Bexigas.
Espaço: Sala de aula ou pátio.
Desenvolvimento:
·         Os alunos deverão estar sentados em roda e cada criança deve ter um objeto à mão (foram indicadas bexigas, mas podem ser caixas de fósforo, bolas pequenas, etc.);
·         Enquanto se canta a música, cada criança passa o objeto para o colega ao lado, fazendo os movimentos conforme a letra:
Escravos de Jó jogavam caxangá (vai passando para o colega ao lado a bexiga que está sobre a sua mesa);
Tira (levanta o objeto), põe (põe na sua frente na mesa), deixa ficar (aponta para a bexiga, que deve estar na mesa, e balança o dedo);
Guerreiros com guerreiros fazem zigue (passa a bexiga para o colega ao lado), zigue (volta à bexiga para sua frente), zá (passa a bexiga para o colega).
·         Na primeira vez, a letra é cantada normalmente. Na segunda vez, a letra é substituída por lálá lálálá e, por ultimo, as crianças fazem todos os movimentos da brincadeira, porém sem cantar a música;
·         Sai da brincadeira aquele que errar o movimento;
·         O jogo termina quando sobrar somente um jogador.
Dicas:
  • Ofereça situações em que o aluno possa participar;
  • Utilize materiais concretos;
  • Apresente experiências da vida cotidiana;
  • Incentive a escrita e a leitura com uma função social, não apenas reprodução;
  • Faça pequenas redações, como escrever bilhetes;
  • Desenvolva trabalhos com o nome do aluno;
  • Trabalhe com a cultura popular (Parlendas)

Considerações Finais
   Observasse que os Portadores da Síndrome de Down vivem atualmente mais e melhor do que há alguns anos. Esta maior longevidade e melhor qualidade de vida decorrente do melhor atendimento médico que pode ser oferecido a estes indivíduos, tanto no que se refere a métodos de tratamento, quanto a procedimentos preventivos. Novas propostas educacionais também têm trazido contribuições importantes para o desenvolvimento e a interação de pessoas com a Síndrome de Down.  Já nas pesquisas realizadas notou-se que algumas crianças com Síndrome de Down sobressaem na aprendizagem da leitura porque elas tiram proveito das habilidades visuais e espaciais, aprendendo a ler visualmente. Já os participantes da pesquisa mostraram que são capazes de utilizar seu conhecimento do nome das letras para aprender a ler através do processamento de relações letra som das palavras. E esse processo e imprescindível para o individuo com síndrome de Down aprenda a ler. Levando em conta o ponto de vista pedagógico, a implicação e claros programas de leitura para crianças com síndrome de Down devem-se basear-se na relação entre as letras e os sons.

Avaliações
 Porém vale lembrar que em relação à avaliação, observa-se que os Portadores da Síndrome de Down dificilmente mostram suas possibilidades numa única vez apresentadas a atividade, em média a melhor desempenho só é obtido após a sexta sessão de atividades devido à dificuldade de comunicação.

Referencias
CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a educação Especial na Educação Básica. Disponível em http< www.mec.gov.br/seesp/adap. Acesso em 10 de Nov de 2009.
Disponível em< http://www.horizontecientífico.propp.ufu.br/include/getdoc.php? Dia 27 de Março de 2010 às 14h
Disponível em< http://www.ibb.unesp.br/posgrad/teses/genética do 2006 Débora rodrigueiro.pdf dia 25 de Março de 2010 ás 15h.
Disponível em< http://www.cefac.br/revista.revista54/artigo%204pdf dia 25 Março de 2010 às 17h.


Proposta para trabalhar com aluno Deficiente Auditivo

Atitude do professor
Em sala, fale sempre de frente para o aluno surdo (se ele souber ler lábios), escreva no quadro e utilize textos impressos.
Informações em imagens
Enriqueçam as aulas produzindo murais com palavras, conceitos e conteúdos (a classificação gramatical das palavras, a conjugação de verbos, os dias da semana, os meses, as festas etc.). Você pode ainda elaborar pastas temáticas com imagens para cada assunto estudado.
Gramática
Faça jogos com fichas sobre questões gramaticais com respostas alternativas e destaque a correta. O adversário lê a pergunta e vê a resposta certa. Quem errar perde a vez. Se a criança surda não souber ler lábios, peça para um aluno escrever as questões num papel ou no quadro. Outra brincadeira interessante pode ser feita recortando períodos ou frases de um texto e embaralhando-os. As crianças devem ordená-los, treinando a seqüência lógica e o uso de palavras que fazem a ligação entre os trechos.
Compreensão de texto
Para saber se o aluno surdo entendeu um texto, peça que ele desenhe período por período. Isso mostra quais palavras se perderam ou não foram entendidas. Faça também perguntas que remetam aos elementos da sentença: Quem? O quê? Onde? Assim, o aluno aprende a conjugação verbal e o uso de preposições, artigos e conjunções.


Atividade proposta Saúde e Higiene


Objetivos:
1-      Enfatizar a necessidade dos cuidados com a saúde;
2-      Discutir sobre a higiene pessoal;
3-      Oferecer uma nova forma de comunicação.
Desenvolvimento:
1-      Apresentar as necessidades de saúde e higiene;
2-      Confeccionar a prancha temática.

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